Recentemente li um livro (Psicologia da Alma) que falava do perigo de atuarmos em nossas vidas com o piloto automático ligado, da importância de não fazermos nada sem estarmos conscientes, prestando atenção nas atitudes, nas palavras, nas escolhas. Falava que essa coisa de corrermos o tempo todo, da comodidade de fazermos tudo sempre do mesmo jeito, no afogadilho, faz com que percamos a concentração e não enxerguemos soluções diferentes para diversas questões. Faz também com que sejamos mais facilmente influenciáveis e tomemos decisões nem sempre favoráveis.
O piloto automático é um recurso natural utilizado por nossas mentes. É o que fazemos, por exemplo, quando dirigimos do trabalho para casa e nem lembramos como foi que chegamos ou do caminho que fizemos. São aquelas ações que realizamos diariamente, sem pensar ou questionar. É o nosso subconsciente atuando e fazendo tudo de maneira automática.
Andei pensando sobre o piloto automático e percebi que ele é uma ferramenta super confortável. Com ele, podemos fazer várias coisas ao mesmo tempo e, no dia-a-dia, ajuda-nos a otimizar nosso tempo. Mas, percebi também, que nos permite agir sem envolvimento, sem encantamento ou usando nossas melhores capacidades. O piloto automático é o inimigo do foco e do capricho. Parece andar de mãos dadas com a falta de atenção e com o erro. No fundo, é também uma válvula de escape, uma forma de fugir de situações, lugares e pessoas, de não viver no presente.
Pois é, no livro o autor ressaltava que o importante é agirmos de maneira consciente, com nossa mente e alma presentes para termos excelentes resultados. Assim, é possível reduzirmos o ritmo, a ansiedade, o cansaço, a baixa imunidade. Além disso, ajuda-nos a decidir sempre pelo melhor.
E parece óbvio dizer que o certo é estar atento, curtindo o que se está fazendo, com a cabeça no presente. Mas, será que você consegue desligar o piloto automático e sentir com a sua alma o caminho e as decisões que escolheu?
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