Todo mundo, em algum momento, precisa acertar os ponteiros da vida.
É necessário parar, observar os caminhos que se está tomando e decidir se vale a pena continuar no mesmo rumo.
Acertar os ponteiros é colocar tudo no compasso certo. É avaliar a situação e por ordem na casa (física, mental, espiritual, psicológica, financeira, profissional). É mudar comportamentos, idéias, conceitos, ajustar tudo o que está fora do lugar e abraçar uma nova e generosa chance de melhorar a qualidade de vida.
Afinal de contas, mesmo sem perceber, todo dia temos essa oportunidade.
É só acertar os ponteiros e recomeçar.

"O maior medo do navegador é o de não partir..." - Amyr Klink

12/01/2010

Quem morre? (texto de Pablo Neruda)

Morre lentamente
quem se transforma em escravo do hábito,
repetindo todos os dias os mesmos trajetos, quem não muda de marca
Não se arrisca a vestir uma nova cor ou não conversa com quem não conhece.
Morre lentamente
quem faz da televisão o seu guru.
Morre lentamente
quem evita uma paixão,
quem prefere o preto no branco
e os pingos sobre os "is" em detrimento de um redemoinho de emoções,
justamente as que resgatam o brilho dos olhos,
sorrisos dos bocejos,
corações aos tropeços e sentimentos.
Morre lentamente
quem não vira a mesa quando está infeliz com o seu trabalho,
quem não arrisca o certo pelo incerto para ir atrás de um sonho,
quem não se permite pelo menos uma vez na vida,
fugir dos conselhos sensatos.
Morre lentamente
quem não viaja,
quem não lê,
quem não ouve música,
quem não encontra graça em si mesmo.
Morre lentamente
quem destrói o seu amor-próprio,
quem não se deixa ajudar.
Morre lentamente,
quem passa os dias queixando-se da sua má sorte
ou da chuva incessante.
Morre lentamente,
quem abandona um projeto antes de iniciá-lo,
não pergunta sobre um assunto que desconhece
ou não responde quando lhe indagam sobre algo que sabe.
Evitemos a morte em doses suaves,
recordando sempre que estar vivo exige um esforço muito maior
que o simples fato de respirar. Somente a perseverança fará com que conquistemos
um estágio esplêndido de felicidade.

26/10/2009

Motivação Total

Esse vídeo é muito engraçado e verdadeiro. Vale a pena assistir.


20/10/2009

Música de criança...


Sempre achei estranhas algumas músicas que cantavam para mim quando eu era criança. Conhece essas?

"Atirei o pau no gato, to, to / Mas o gato, to, to / não morreu, reu, reu"

"Boi, boi, boi/boi da cara preta/pega essa menina que tem medo de careta"

"Ó jardineira por que estás tão triste?/Mas o que foi que te aconteceu?/Foi a camélia que caiu do galho/deu dois suspiros e depois morreu"

E uma das piores:

"As flores já não crescem mais/ até o alecrim murchou/O sapo se mandou, o lambari morreu, porque o ribeirão secou/ Ô tralalalá ô, Ô tralalalá ô"

Isso sem falar na música da "Terezinha de Jesus"... Conhece? É uma música terrível que conta a história de um incesto: "o primeiro foi seu pai, o segundo seu irmão, o terceiro foi aquele que a Tereza deu a mão"... fala sério, o que é isso?

Eu gostaria de entender o que se passava na cabeça dos educadores que cantavam estas músicas tenebrosas para as crianças da minha época. Seria algum tipo de tortura? Será que não ouviam as músicas que eles ensinavam? Pior é que faziam as criancinhas cantarem as primorosas musiquinhas na hora do recreio... queriam acabar com a nossa hora feliz...

Olha, eu agradeço à moderna educação por abolirem essas músicas do cancioneiro infantil. Não dá para educar crianças cantando coisas tão horríveis, depressivas e opressivas... os tempos são outros, sem essa de boi da cara preta, atirei o pau no gato e ribeirão que secou...

Existem músicas tão bacanas... e mesmo na minha época havia composições maravilhosas para as crianças. Nunca vou me esquecer do meu disco "A Arca de Noé" de Vinícios de Morais, da música "O Caderno" de Toquinho ou de "Plunct, Plact, Zuum" de Raul Seixas... era tão bom chegar da escola, sentar e ouvir os disquinhos... a minha imaginação corria solta... higienizavam a mente, alegravam o coração.

E depois, quando eu já estava um pouquinho maior, ouvia Blitz, Kid Abelha, Ultrage a Rigor, João Penca e seus Miquinhos Adestrados, RPM, Dr. Silvana e Cia, Metrô, Léo Jaime, Barão Vermelho, Ira!, Titãs, Camisa de Vênus, tantas bandas legais que surgiram na época e hoje sinto falta. A cena musical não é mais a mesma... Saudades dos anos 80. Eu vivi isso com toda a força...

Vamos em frente, encarando o "funk" e o "emo"... Ninguém merece...


19/10/2009

Reconhecendo a máscara


Você já teve a impressão de que não conhece seus amigos? Que a imagem que tem deles, na verdade, é falsa, inexistente?

Estou falando de máscaras tão arraigadas, que nem mesmo a pessoa tem condições de se conhecer e se apresentar verdadeiramente para si e para os outros.

Desde nossa infância convivemos com uma pressão tão forte para que sejamos perfeitos que, muitas vezes, não conseguimos entrar em contato com os nossos sentimentos, com a nossa sombra, e vivemos nos enganando sobre quem somos de fato.

A sombra é super importante para o auto-conhecimento. Se você não conhece seus medos, suas angústias, sua impaciência, seu ódio, rancor, egoísmo, ciúme, sua mágoa, não consegue enfrentar seus sentimentos e melhorar como ser humano. Fica difícil mudar.

Resolvi falar sobre esse assunto porque conversei com pessoas, ouvi histórias, tive experiências com algumas pessoas que têm realmente uma visão deturpada sobre si mesmas, fruto de uma negação forte de seus sentimentos e personalidade verdadeira. E, por acreditarem nessa máscara, convencem a todos de que têm qualidades que são uma farsa. É o auto-engano.

Às vezes, você percebe que o discurso não "bate" com o comportamento, que existe uma máscara nesse amigo. Você pode corajosamente alertá-lo sobre isso e torcer para que a pessoa se re-reconheça, antes de acreditar que você o está criticando. Depois, tem que dar tempo ao tempo para que a pessoa avalie, analise sentimentos e tenha coragem de retirar a máscara, pelo menos para si mesma.

Enfim, acho que todos nós temos problemas e não gostamos de enfrentar que temos pontos a melhorar. Mas, no fundo, bem lá no fundo sabemos quem somos e do que somos capazes. Se aos poucos tomarmos coragem de nos mostrar, seremos muito mais felizes, autênticos e melhores seres humanos.

25/08/2009

Exploração


Já percebeu que virar alvo de exploração é a coisa mais fácil do mundo?

Já observou as situações, as pessoas e as instituições a sua volta e se colocou a disposição para ver o que acontece? Você acredita que terão ética e saberão utilizar de maneira parcimoniosa a sua ajuda e sua benevolência?

Ou você acha que não terão pudor em usar e abusar de sua boa vontade?

Sim, existem os conscienciosos. Claro que existem boas almas. Mas, temos que nos preparar para enfrentarmos os exploradores também. Você dá a mão, pegam o braço inteiro.

Outro tipo de explorador é aquele que espera você ficar na pior para dar o bote. Basta você estar meio em dúvida, sem saber para que lado ir, que os exploradores aparecem para te oferecer mil coisas: empregos ruins, parcerias "caracu", relacionamentos furados, terapias inéditas, programas de índio, produtos sem utilidade, serviços mirabolantes...

Eles têm muitas idéias, todas um "sucesso", e vão te ajudar a encontrar um caminho, geralmente que não resolve seu problema.

Meu sonho é ver pessoas realmente interessadas em pessoas. Será que existem? Por onde andarão os discípulos de Jesus, Buda, Krishna? Onde estarão os anjinhos? Vai saber...

Mas, para você se proteger dos exploradores acostume-se a se manter equilibrado, no seu eixo. Não tem outro jeito. Acostume-se a exercer a sua auto-estima e a impor limites aos outros. Não permita que invadam seu espaço, sua vida, que dêem opiniões ou que ofereçam soluções mirabolantes para os SEUS problemas. Busque você mesmo as suas respostas, só você pode encontrá-las. Só você vive na sua pele e se tudo o mais der errado, quem vai sofrer é você.

Portanto, acostume-se a solucionar as suas questões do seu jeito, porque somente assim você vai conseguir lidar com a situação. É impossível lidar com problemas do jeito dos outros. Simplesmente, não dá.

Claro, busque ajuda quando necessário, de preferência gabaritada. Ouça os mais experientes e se pude aprender com eles, ótimo. Mas haja o que houver, encontre a sua maneira de lidar com os obstáculos. É a SUA caminhada.

Vai com fé. Capricha! Ore e vigie.