Ironia no trabalho

No mundo corporativo existem coisas bem irônicas.

Todos os colaboradores precisam apresentar um perfil de liderança, auto-motivação e criatividade, como se a empresa fosse uma espécie de programa "O Aprendiz". Todos precisam ser brilhantes, têm que se destacar, não podem dar uma bola fora ou serão demitidos.

Mas, basta você arregaçar as mangas para por em prática todo o seu potencial que o sistema empresarial pede que você se enquadre, que não mude nada, que não invente, não reestruture, não se mexa, só faça as coisas como sempre foram.

É ou não é uma ironia?

Piloto Automático

Recentemente li um livro (Psicologia da Alma) que falava do perigo de atuarmos em nossas vidas com o piloto automático ligado, da importância de não fazermos nada sem estarmos conscientes, prestando atenção nas atitudes, nas palavras, nas escolhas. Falava que essa coisa de corrermos o tempo todo, da comodidade de fazermos tudo sempre do mesmo jeito, no afogadilho, faz com que percamos a concentração e não enxerguemos soluções diferentes para diversas questões. Faz também com que sejamos mais facilmente influenciáveis e tomemos decisões nem sempre favoráveis.

O piloto automático é um recurso natural utilizado por nossas mentes. É o que fazemos, por exemplo, quando dirigimos do trabalho para casa e nem lembramos como foi que chegamos ou do caminho que fizemos. São aquelas ações que realizamos diariamente, sem pensar ou questionar. É o nosso subconsciente atuando e fazendo tudo de maneira automática.

Andei pensando sobre o piloto automático e percebi que ele é uma ferramenta super confortável. Com ele, podemos fazer várias coisas ao mesmo tempo e, no dia-a-dia, ajuda-nos a otimizar nosso tempo. Mas, percebi também, que nos permite agir sem envolvimento, sem encantamento ou usando nossas melhores capacidades. O piloto automático é o inimigo do foco e do capricho. Parece andar de mãos dadas com a falta de atenção e com o erro. No fundo, é também uma válvula de escape, uma forma de fugir de situações, lugares e pessoas, de não viver no presente.

Pois é, no livro o autor ressaltava que o importante é agirmos de maneira consciente, com nossa mente e alma presentes para termos excelentes resultados. Assim, é possível reduzirmos o ritmo, a ansiedade, o cansaço, a baixa imunidade. Além disso, ajuda-nos a decidir sempre pelo melhor.

E parece óbvio dizer que o certo é estar atento, curtindo o que se está fazendo, com a cabeça no presente. Mas, será que você consegue desligar o piloto automático e sentir com a sua alma o caminho e as decisões que escolheu?

Pense nisso. Desligue o piloto. Boa Sorte!

Exercícios físicos? Começo na segunda-feira!

Iniciar ou retomar uma atividade física é o projeto de ano novo de muita gente. Mas, vem dia e vai mês, já estamos quase em junho e o que fica é a promessa de começar a atividade na próxima segunda-feira...

O interessante é que são essas pessoas que reclamam de estarem fora do peso, de não terem resistência ou de apresentarem problemas de saúde como colesterol alto, triglicérides, pressão alta, osteoporose, falta de vitalidade e disposição, entre tantas outras.

Eu mesma não tinha muita consciência da importância da realização de exercícios físicos. Eu achava que era um meio de perder peso e ganhar músculos. Mas, com o tempo, percebi que realizar atividades físicas é uma maneira de você tomar consciência do seu corpo, manter-se equilibrado, relaxar e ficar menos ansioso, mais saudável em termos globais. Cuidando do corpo, ajustamos nossa mente, espírito e campo energético.

Abílio Diniz costuma dizer que a disciplina é sua ferramenta mais importante para alcance de objetivos e aconselha ostensivamente a todos que querem obter melhores resultados a serem disciplinados. Ele fala em seu livro "Caminhos e Escolhas" que para termos saúde e disposição deve-se praticar exercícios físicos, defendendo a caminhada e a corrida como as melhores atividades. Reforça também que temos que cuidar de todas as demais áreas de nossa vida, como a espiritual, a emocional, a psicológica e a mental.

Hoje, mesmo no inverno, eu me animo a enfrentar a esteira e a academia. Não consigo ficar sem minhas atividades físicas porque sei da importância disso para o meu equilíbrio pessoal e, mais do que isso, sinto falta da sensação agradável de relaxamento após os exercícios.

Se você está sem dinheiro para pagar uma academia, faça caminhadas ou vá correr em um parque. Antes, faça seus exames médicos e verifique se está apto a praticar exercícios físicos.

Não seja negligente com o seu corpo, com a sua saúde. Anime-se, arrume uma companhia para a prática dos seus exercícios e enfrente a sua preguiça. Você vai se sentir muito melhor, tenho certeza.

Vai com fé, mexa-se, boa sorte.

"Quem disse que você pode liderar pessoas?"

Venho pesquisando quais são os maiores desafios da moderna liderança e depois de ter visto muitos clichês como "ser um líder servidor", "ser genuinamente interessado por pessoas", descobri um livro muito bacana chamado "Quem disse que você pode liderar pessoas". Quando comecei a leitura confesso que estava meio desanimada, já esperando as mesmas frases e dicas de como lidar com equipes, etc, etc e acabei me surpreendendo. Felizmente.

Liderança é circunstancial. Uma pessoa pode ser ótima em uma determinada situação e péssima em outras. Depende da circunstância. Tem fases na empresa que o líder precisa ser revolucionário - para mudar tudo, reestruturar. Tem fases em que esse líder seria um verdadeiro inferno na vida de todo mundo, porque a empresa precisa se estabilizar, harmonizar.

Sabe, gostei desse livro. Pela primeira vez, alguém teve a coragem de não enquadrar as pessoas e de valorizar suas características individuais, reconhecendo que cada um tem o seu valor e o seu lugar, no momento certo. A ironia atualmente é a tentativa de liderar pessoas utilizando uma cartilha inventada por psicólogos, pelos métodos de inteligência emocional ou seguindo os exemplos de líderes que deram certo. A coisa toda soa falso, sem autenticidade e a equipe percebe que falta algo em sua gerência. E eu acho que o que falta é admiração. Se você não admira ou respeita seu chefe, fica difícil seguir suas orientações.

O líder tem que ser autêntico, original, não pode ser uma cópia do Jack Welch. Ele tem que utilizar suas características, boas e ruins, para motivar e inspirar as pessoas, percebendo as necessidades de sua equipe e a situação da empresa, do mercado. Se ele consegue tirar o melhor de si mesmo em prol de resultados excelentes de sua equipe, isso será uma boa liderança.

Pois é, eu já tive bons líderes. E tenho saudades deles porque extraiam o melhor de todo mundo e inspiravam as pessoas. Agora, tem gente, que é melhor nem comentar...

Vamos seguindo em frente. Toca o barco aí. Boa liderança, boa sorte!