Mudar é bom quando estamos fartos de tudo.
Mudar é bom quando nada mais dá certo.
Mudar é a única saída quando cansamos de sofrer.
Mas, como mudar quando estamos felizes? Por que mudar se o time está ganhando e estamos confortáveis?
Quem disse que precisamos mudar? E se não queremos mudar, por que as pessoas, as coisas, as situações mudam?
Dizem que isso acontece por causa da estagnação. O mundo está o tempo todo mudando e não é possível ficar parado, acomodado, curtindo o conforto oferecido por aquilo que já conhecemos.
E buscando respostas, fui ao céu e ao inferno, pois a Terra não me oferecia as respostas que me satisfaziam.
No inferno, mergulhei nos meus pensamentos mais horríveis e deprimentes. Tive a coragem de enfrentar meus medos e de chorar copiosamente, pela culpa, pelo arrependimento, pela felicidade e pelo orgulho.
Para ir ao céu, busquei a religião e descobri que a filosofia explica melhor o que me inquieta. Assisti palestras e frequentei cursos e questionei se Deus existe mesmo. Questionei se ser ateu não seria mais lógico, pois a ciência poderia explicar tudo. E mais uma vez a filosofia me surpreendeu e me respondeu:
Como acreditar em Deus depois do Holocausto? Como acreditar na ciência depois de Hiroshima?
A resposta? O ser humano precisa de fé... de algo, de um sonho, de Deus(es), da ciência, porque somente assim terá um ponto de partida para melhorar...
Ainda buscando o céu fui a Museus, para ver a arte que, para mim, é divina. Mas, resolvi ir ao Planetário também.
Lá fiquei mais uma vez maravilhada com a imensidão do Universo... nessas horas, entendemos que nosso tamanho é realmente diminuto, não somos nada, menores ainda que a poeira sideral... e aí, eu pensei "Por que chorar?"
Por que lutar contra a mudança? Se o Universo neste momento está mudando, estrelas estão morrendo, planetas, satélites e estrelas anãs estão em movimento... como não mudar?
E mudar, aprendi que, muitas vezes, significa perder, para depois ganhar...
Namastê!
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